Finalistas - Minha história no esporte

Leia as duas histórias finalistas e vote na que você mais gostou.

História #1
Leticia Ghibaudo

Comecei a correr não por amor ao esporte, mas por necessidade de sobrevivência emocional. A corrida foi a forma que encontrei de liberar toda a frustração e o estresse que a vida adulta insiste em cobrar. No começo, era só eu, o tênis e a vontade de fugir das tensões do dia a dia.

Mas a minha jornada nunca foi linear. Tive que parar completamente duas vezes, nas minhas gestações. E, quando tentei voltar, as lesões me acompanharam como sombra — talvez como um lembrete de que não seria fácil. Some a isso o sobrepeso, o cansaço de conciliar casa, filhos, trabalho, e ainda tentar manter um ritmo de treino. E mesmo assim… eu continuei.

O esporte me transformou. Me ensinou que existe uma força absurda dentro de mim — uma força que ninguém mais pode acessar, só eu. Correr me ensinou que sou capaz de fazer coisas difíceis. Que não importa se estou lenta ou cansada: se eu continuar, eu chego lá.

Hoje, eu sonho grande. Sonho em ser uma atleta de elite, mostrar que idade é só um número e que o lugar de quem sonha é onde ela quiser. No começo, eu era só competitiva. Queria vencer.

Mas o tempo me mostrou que as maiores vitórias são as que a gente conquista junto. Descobri o poder de uma equipe, de uma rede de apoio, e de como isso torna a jornada mais leve e mais feliz.

Se tem algo que aprendi correndo é: não importa o quão longe o sonho pareça, o primeiro passo começa aqui, agora, com a gente acreditando que é possível.

História #2
Suzanna Marques

Inicio meu relato contando sobre meu primeiro contato com o esporte Ginástica Rítmica aos 8 anos (antes eu praticava ballet). Quando iniciei, eu me lembro que ali eu percebi que escreveria minha história, fazendo parte de uma equipe de iniciação por 12 anos sem conhecimento, contatos e falta de investimentos para procurar outra equipe. Lá eu fui muito incentivada a estudar Educação Física e assim o fiz.

Faltando 2 anos para eu me formar veio a pandemia, que foi um divisor de águas onde eu comecei a me especializar com as plataformas online e consegui visibilidade e contatos. Logo após me formar, surgiu oportunidade de fazer uma entrevista de emprego para uma equipe muito forte em Osasco-SP. Após 1 semana da entrevista, recebo a notícia de que passei e daria início na equipe em 2022 como treinadora e que também eu poderia treinar.

Desde então eu viajo 1:30h todos os dias em busca dos meus sonhos. Lá eu consegui ampliar meus conhecimentos, aprimorar minhas habilidades e conquistar títulos regionais e nacionais. Hoje eu faço parte do alto rendimento de GR como atleta e trabalho com a base-intermediária preparando e inspirando futuras grandes atletas.

Tenho 3 empregos para sustentar os custos da vida de atleta, o que torna tudo muito exaustivo, mas quando se tem um sonho você se torna vivo e vive por aquilo. A ginástica me tirou do pouco e me trouxe muito, mas eu sigo em busca do extraordinário.